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SubscreverA Cuatrecasas e a Bain & Company organizaram na quinta-feira, 26 de junho, no auditório da Cuatrecasas em Lisboa, um M&A and Private Equity Outlook, que teve como objetivo analisar o mercado de M&A português a partir de duas perspetivas: as fusões e aquisições estratégicas outbound, como forma de impulsionar a expansão internacional das empresas; e as tendências e oportunidades em investimentos inbound para as private equity nacionais.
O secretário de Estado da Economia João Rui Ferreira, que teve a cargo a nota de boas-vindas, destacou que “o Governo assume uma visão clara e ambiciosa para o desenvolvimento económico nacional: criar as condições necessárias para que Portugal se afirme como um destino de excelência para o investimento internacional, ao mesmo tempo que apoia decisivamente a expansão das nossas empresas nos mercados globais.”
Mariana Norton dos Reis, sócia co-coordenadora da área de Societário e M&A da Cuatrecasas, moderadora do painel dedicado às tendências e oportunidades em investimentos inbound para as private equity em Portugal, resume: “esta conferência foi muito interessante para as empresas portuguesas, como uma forma de partilhar conhecimento sobre como converter-se num player global, com experiências recentes de expansão internacional realizadas através de operações relevantes de M&A. Por outro lado, também foi importante para que haja uma interação entre empresas portuguesas e fundos de capital de risco nacionais, ibéricos e internacionais, de forma a conhecerem as oportunidades existentes de receber investimento deste tipo de players e de fazer partnerships com eles, com o objetivo de crescer, expandir e internacionalizar-se”.
Já Álvaro Pires, partner da Bain & Company, que teve a cargo as considerações finais, destaca: “saímos com a ideia de que deverá haver muito mais colaboração e contacto entre as empresas, os ‘campeões nacionais’, a comunidade de investidores e o governo. Ao mesmo tempo, há uma energia muito positiva à volta de Portugal, como país para trabalhar, para investir e como criador de líderes. Por fim, vemos que há um nível de maturidade e de sofisticação muito fortes no país, que dão confiança às empresas nacionais e aos investidores para competirem em qualquer mercado internacional”.
Sobre estratégias outbound de M&A, João Bento, CEO dos CTT, cuja empresa efetuou no final do ano passado uma parceria de joint venture com o Grupo DHL, nos mercados de encomendas de comércio eletrónico em Portugal e em Espanha, e adquiriu a Compañia Auxiliar al Cargo Expres (CACESA), partilha a experiência: “o nosso caso específico teve muito que ver com a insuficiência do mercado português, para substituir aquilo que que era o nosso negócio inicial, de correio, em queda acentuada. Portugal era pequeno para conseguir desenvolver uma estratégia de crescimento e de criação de valor. Precisávamos muito de sair e como já estávamos em Espanha, o que estava em causa era capturar escala, poder crescer na cadeia de valor, e daí essas duas aquisições”.
Sobre tendências e oportunidades em investimentos inbound para as private equity em Portugal, João Coelho Borges, sócio fundador da Draycott, sublinha: “no mercado português, as relações são essenciais em private equity, portanto, o fator principal de diferenciação de um fundo local é tentar trabalhar as relações com o seu ecossistema, nomeadamente com os fundadores e donos de empresas, normalmente familiares, para inspirar confiança na escolha como parceiro para uma transação. Também com os assessores, empresários e investidores é importante criar uma relação de confiança. Quando investimos fora estamos normalmente a apoiar empresas portuguesas a crescer lá fora e atuamos mais como um comprador estratégico dentro de um sector específico”.
Nesta conferência participaram ainda como oradores, do lado das empresas, Luís Rebelo da Silva, CFO da Bondalti; Rui Teixeira, CFO da EDP; e Sandra Santos, CEO da Logoplaste. Do lado das private equity estiveram também Gonzalo Fernandez-Albiñana, managing director e head de buyout para Espanha e Portugal; Iñigo Sanchez Asiain, founder e partner da Potobello Capital; José Maria Muñoz, founder e senior partner da MCH Private Equity; e Lars Becker, founder e partner da Henko Partners. Eduardo Ferreira de Lemos, associate partner da Bain & Company, participou como moderador, e Luís Miguel Cortes Martins, senior partner da Cuatrecasas, foi o responsável pela introdução.
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